domingo, novembro 13, 2011

Bossa (buddypoke) Nova - Sylvia Telles Part 3

Sylvia Telles (Rio de Janeiro, 27 de agosto de 1934 — Maricá, 17 de dezembro de 1966), também conhecida como Sylvinha Telles, foi uma cantora brasileira e uma das intérpretes dos primórdios da bossa nova.

A maioria de seus discos estão fora de catálogo, o que dificulta o seu conhecimento pelas gerações recentes. Porém, ocasionalmente é lançada uma compilação com algumas de suas inúmeras gravações.

Segundo matéria publicada em O Globo e assinada por João Máximo: "Sylvinha foi uma das melhores intérpretes da moderna música brasileira, entendendo-se como tal a que vai de Ponto final - com Dick Farney e Amargura, com Lúcio Alves, até as canções que Tom e Vinicius fizeram depois de Orfeu da Conceição".

Família

Sylvia era filha de Maria Amélia D'Atri, natural da França, e do carioca Paulo Telles, um amante da música clássica. Seu irmão mais velho, Mário Telles, também foi músico.

Ela estudou no Colégio Sagrado Coração de Maria e sonhava em se tornar bailarina, mas, ao realizar um curso de teatro, descobriu que seu talento era realmente cantar.

Carreira

Em 1954, Billy Blanco, amigo da família, notou o dom de Sylvinha e apresentou-a a amigos músicos. Nas reuniões que eles faziam, pôde conhecer os grandes nomes do rádio da época, tais como Aníbal Augusto Sardinha, o Garoto, que a ajudou a encontrar trabalho em boates para o início de sua carreira profissional. Nessa época, conheceu seu primeiro namorado, o cantor e violonista João Gilberto, amigo de Mário; o relacionamento acabou porque a família Telles não gostava do jovem, que vivia de favor na casa dos outros.[2]

No ano seguinte, Garoto escreveu-lhe um musical, chamado Gente de bem e champanhota, executado no Teatro Follies de Copacabana. Na ocasião, o músico e advogado José Cândido de Mello Mattos, o Candinho, acompanhou Sylvinha na canção Amendoim torradinho, por Henrique Beltrão. Eles se apaixonaram à primeira vista. Pouco tempo depois, morreu Garoto, sem poder ver o lançamento do primeiro disco de Telles.

Sylvinha e Candinho casaram-se e tiveram uma filha, Cláudia Telles. Em 1956, ela e seu marido apresentaram pela TV Rio o programa Música e romance, recebendo como convidados Tom Jobim, Dolores Duran, Johnny Alf e Billy Blanco. Contudo, o casal logo se separou.

Em 1958, o local de encontro dos músicos passou a ser o apartamento de Nara Leão, então com quinze anos de idade. Ronaldo Bôscoli, que frequentava as reuniões, atuava como produtor musical do grupo. Sylvia Telles, que já era um nome conhecido, foi então chamada para participar de um espetáculo no Grupo Universitário Hebraico, juntamente com Carlos Lyra, Roberto Menescal, entre outros. Foi neste show, "Carlos Lyra, Sylvia Telles e os seus Bossa nova", que a expressão "bossa nova" foi divulgada pela primeira vez.

Sylvinha Telles chegou a fazer turnês em outros países, como Estados Unidos, Suíça, França e Alemanha.

Em 1963, já divorciada de Candinho, Sylvia casou-se com o produtor musical Aloysio de Oliveira, separando-se no ano seguinte por causa de ciúme. Aloysio casou-se com Cyva, do Quarteto em Cy, posteriormente.

Morte

Em 1966, a notícia da morte repentina de Silvia Telles, no auge do sucesso, num violento acidente de carro - no qual também morria o namorado, Horacinho de Carvalho, filho do casal Horácio de Carvalho, dono do jornal Última Hora e Lily de Carvalho ( hoje Lily de Carvalho Marinho) - atingiu em cheio o coração dos brasileiros.Tinha 34 anos. E seu tom intimista deixara em cada um de nós a fantástica sensação de ter perdido, mais que uma grande artista, ou uma artista do coração, mas alguém bem mais próximo de nós. Ainda hoje, quem viveu aqueles dias, de prazer e de luto, não ouve a voz de Silvia Telles sem ter o coração acelerado.

Sylvia Telles - Só em Teus Braços

Música gravada inicialmente por Sylvia Telles em 1959, no LP "Amor de gente moça", foi posteriormente gravada por inúmeros outros cantores como João Gilberto, Lana Bittencourt, Marisa Gata Mansa, Nana Caymmi e muitos outros. Antonio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim, Tom Jobim, foi o compositor brasileiro mais famoso dentro e fora do Brasil, na última metade do século XX. Carioca, nascido na Tijuca em 25 de janeiro de 1927, mudou-se para Ipanema em 1931. Iniciou seus estudos musicais em 1941 com o professor Hans Joachim Koellreuter, teve  excelente formação musical ainda com os professores Lucia Branco, Tomás Terán, Leo Peracchi e Alceu Boccchino. Formou com Vinicius de Moraes a mais famosa dupla de compositores da moderna música popular brasileira: provavelmente a dupla mais erudita onde Vinícius era mais letrista e Tom mais compositor. Conheceram-se em 1956, através do jornalista e escritor Lúcio Rangel, no famoso Bar Gouveia, em frente à Academia Brasileira de Letras, quando foi convidado e aceitou musicar a peça "Orfeu da Conceição" de Vinícius de Moraes.

    Compuseram juntos músicas maravilhosas como "Se todos fossem iguais a você", "Chega de saudade", "Garota de Ipanema" (uma das músicas mais gravadas em todo o mundo), "Eu sei que vou te amar", "A felicidade", "Insensatez", "Canção de amor e paz", "Ela é carioca", "Eu não existo sem você" e muitas outras. Participaram ativamente das músicas de transição entre a fase de "dor de cotovelo" e a bossa nova, cujo marco inicial considera-se "Chega de saudade", gravada por Elizeth Cardoso no LP "Canção do amor demais" com João Gilberto tocando violão com sua batida diferente e característica da bossa nova. "Só em teus braços" foi uma das maravilhosas músicas da época da bossa nova compostas por Jobim, tanto letra como música. Autor de 310 composições registradas sendo 102 só de sua autoria e as demais com os melhores parceiros musicais. Antonio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim morou muito tempo nos Estados Unidos da América tendo participado de inúmeras gravações com famosos músicos e cantores americanos como Frank Sinatra, Stan Getz, Miles Davis, Quincy Jones, Dizzie Gillespie, Charles Byrd, Sara Vaughn, Ella Fitzgerald e Louis Armstrong. Faleceu dia 8 de dezembro de 1994, aos 67 anos em Nova York.  Nana Caymmi nasceu em 29/4/1941 no Rio de Janeiro, filha do cantor e compositor Dorival Caymmi e de Stella Maris também cantora. Em 1960 registrou sua primeira atuação em estúdio cantando "Acalanto" composição de seu pai em sua homenagem quando ainda era criança. Tem sido uma excelente intérprete da música popular brasileira com sua voz potente e muito afinada. Muito respeitada pelo público e crítica, já gravou inúmeros LP's e CD's e continua fazendo shows no Brasil e no exterior.



terça-feira, novembro 08, 2011

Bossa (buddypoke) Nova - Sylvia Telles Part 2

   Dando Seguimento ao projeto, esta semana sendo dedicada em homenagem a uma das maiores cantoras brasileiras, Sylvia Telles. O que posso dizer de tamanha cantora, romântica e de voz que faz muitos sonhar? Apenas que é grande e sua passagem marcou a musica brasileira. Hoje postarei um vídeo do disco Amor de gente moça, lançado em 1959 e que tem varias musicas maravilhosas.

Sylvia Telles - Parte 2

   Cantora e compositora identificada com a bossa nova, começou a carreira antes de o movimento se consolidar. Já em 1952 pensava em ser cantora. Por volta de 1955 começou a se apresentar em teatros e nesse ano gravou o primeiro compacto, com "Amendoim Torradinho" (Henrique Beltrão) e "Desejo" (Garoto/ José Vasconcelos/ Luiz Claudio). Em 1956 lançou um 78 rotações com "Foi a Noite" (Tom Jobim/ Newton Mendonça), considerado um marco precursor da bossa nova. Na outra face do disco, "Menina", de em Carlos Lyra também iniciante. Um ano depois lançou seu primeiro LP, "Carícia", que trazia "Se Todos Fosse Iguais a Você" (Tom Jobim/ Vinicius) e "Chove Lá Fora" (Tito Madi), entre outras. Com o disco "Amor de Gente Moça", de 1959, tornou-se a primeira cantora profissional a lançar um disco inteiro de bossa nova. O LP continha algumas canções que se tornaria clássicos, como "Dindi" (Tom Jobim/ Aloysio de Oliveira), "A Felicidade" (Jobim/ Vinicius de Moraes) e "Só em Teus Braços" (Jobim). Nos anos 60 viajou pelos Estados Unidos e gravou discos sempre ligados aos compositores de bossa nova. Morreu em um desastre de automóvel quando se preparava para viajar aos EUA mais uma vez. 
 Amor de Gente Moça - 1959

Sylvia Telles / Amor De Gente Moça (1959)
Odeon -  Tracks: 12  Playing time: 32:06

1    Dindi – Sylvia Telles – (Tom Jobim & Aloysio de Oliveira) (2:36)
2    De Você Eu Gosto – Sylvia Telles – (Tom Jobim & Aloysio de Oliveira) (2:37)
3    Discussão – Sylvia Telles – (Tom Jobim & Newton Mendonça) (1:56)
4    Sem Você – Sylvia Telles – (Tom Jobim & Vinicius de Moraes) (2:46)
5    Fotografia – Sylvia Telles – (Tom Jobim) (2:51)
6    Janelas Abertas – Sylvia Telles – (Tom Jobim & Vinicius de Moraes) (2:37)
7    Demais – Sylvia Telles – (Tom Jobim & Aloysio de Oliveira) (3:43)
8    O Que Tinha De Ser – Sylvia Telles – (Tom Jobim & Vinicius de Moraes) (1:54)
9    A Felicidade – Sylvia Telles – (Tom Jobim & Vinicius de Moraes) (2:57)
10   Canta Canta Mais – Sylvia Telles – (Tom Jobim & Vinicius de Moraes) (3:21)
11   Só Em Teus Braços – Sylvia Telles – (Tom Jobim) (1:55)
12   Esquecendo Você – Sylvia Telles – (Tom Jobim) (2:53)


Particularmente, adoro este disco, pois como interprete dos grandes compositores da Bossa Nova, ela trás um grande cabedal emotivo. Espero que gostem e que tenham vontade de conhecer mais sobre esta grande cantora que é a nossa Sylvinha Telles.

Informações retiradas do site Cliquemusic

Sylvia Telles - Discussão (BuddyPoke Version)

segunda-feira, novembro 07, 2011

Bossa (buddypoke) Nova - Sylvia Telles

Sylvia Telles, sua biografia e discografia



      Sylvia Telles nasceu em 27 de Agosto de 1934. Morreu aos 32 anos, em 17 de Dezembro de 1966. João Máximo a descreve como "uma cantora que representa como nenhuma outra a passagem do samba-canção romântico dos anos 50 para a bossa nova dos 60, sem que isso lhe mudasse o timbre suave, morno, ou estilo sincero e envolvente.

    Sylvinha foi uma das melhores intérpretes da moderna música romântica brasileira, entendo-se como tal a que vai de 'Ponto final', com Dick Farney, e 'Amargura', com Lúcio Alves, até as canções que Tom e Vinicius fizeram depois de 'Orfeu da Conceição'. Mas poucos se lembram disso.

    Nascida em 1934, entrou em cena depois de Dick e Lúcio, para sair dela aos 32 anos, numa morte trágica que coincide com a época do anti-romantismo proposto pelos festivais da canção. Em seus curtos dez anos de carreira, foi sempre ela mesma, pessoal, meiga, apaixonada, sem se entregar aos arroubos vocais das divas que a antecederam, nem ao canto miúdo, econômico, de vozinha frágil, das joão-gilbertianas cantoras de depois."

Discografia

  • (1997) Por causa de você-Dedicado a Silvinha Telles • CD
  • (1966) Reencontro-Silvinha Telles, Edu Lobo, Tamba Trio e Quinteto Villa-Lobos • LP
  • (1966) The music of Mr. Jobim by Sylvia Telles • Elenco • LP
  • (1964) Bossa session-Silvinha Telles, Lúcio Alves e Roberto Menescal e seu Conjunto
  • (1964) The face I love • Kapp • LP
  • (1963) Bossa, balanço, balada • Elenco
  • (1962) Bossa nova mesmo-Carlos Lyra, Laís, Lúcio Alves, Silvinha Telles, Vinicius de Moraes e Conjunto Oscar Castro Neves • LP
  • (1961) Sylvia Telles U.S.A. • LP
  • (1960) Amor em hi-fi • Philips
  • (1959) Amor de gente moça
  • (1958) Silvia • Odeon • LP
  • (1957) Carícia • Odeon
  • (1956) Luiz Bonfá e Silvia Telles (Compacto Duplo 45 rpm)
  • (1956) Silvia Telles  ( 2 Compactos Simples) 
  • (1955) Amendoim torradinho/Desejo • Odeon • 78
  • (1955) Menina/Foi a noite • Odeon • 78
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   Começo este pequeno projeto com uma das cantoras que mais amo, Sylvia Telles, uma voz apaixonante, que embalou os anos 60 e nos abandonou em 66, teimo em dizer que é minha musa, pois poucas cantoras refletem e passam tanto romantismo, como ela (pelo menos para mim). Então começo esta semana, com uma musica super especial. Gardez moi Pour Toujour. Aproveitem!