sábado, novembro 25, 2006

Na minha porta tem um olho mágico, quero falar dele... Poderia perder horas olhando o mundo por ele, mas fantasmas me rodeiam e não deixam este tempo absurdo que mora no meu peito se eternizar... Quero falar dos fantasmas, eles me lêem e quem sabe vão embora... Meu olho mágico me mostra o que eu quero ver e o que eu vejo é estupidez... Tem um pecado plantado em cada panaca que não sabe se libertar. Tem um deus irado pronto para nos transformar em altistas, tem um deus cegante e mutilador... Tem um deus que eu não acredito... Este outro meu usa piercing, escuta reggae e vai parir uma bela menina... Este outro não mata por moral, não pune por princípios e não surta pelos dogmas... Este outro escreve o que dá na telha. Agradece a chance de ser lido e espia, esperando o que mais se pode ver do mágico olho e espera para se ver...

De Maira Franco

sábado, novembro 18, 2006



Tanto quanto ou quando?

Saudade

Lat. solitate, com influência de saudar

S.f., lembrança triste e suave de pessoas ou coisas distantes ou extintas, acompanhada do desejo de as tornar a ver ou a possuir; pesar pela ausência de alguém que nos é querido; nostalgia;

Abandono

S.m., acto de abandonar;desamparo total; desistência; cedência; renúncia; desprezo.

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Os dias passam, sempre evoluindo e se fundindo a pergunta “Quando”... A saudade me maltrata segundo a segundo e nem sei “quando você vem?”. Faria qualquer coisa para fazer parte, sem mesmo pesar ou saber o quanto me custaria ou custa... Mais por favor me diga... Quando você vem?

A semana vai terminando e o quanto e quando se misturam, chegando ao absurdo de não discernir quem e quando, afinal nem sei quanto custa e quando você vem. Perfilo meu corpo inconscientemente, procurando sublimar toda esta angustia que me mortifica. Quero pelo menos saber quando e quanto me custa sofrer ou pelo menos quanto da minha alma você quer?

Como o quando e o quanto estão distantes desta contingência, quanto ou quando?


Gustav La Guerre
"Não há paz, há raiva. Não há medo, há poder. Não há morte, há imortalidade. Não há fraqueza, há o Lado Negro. Eu sou o Coração das Trevas. Eu não conheço o medo, mas o instigo em meus inimigos, Eu sou o destruidor de mundos. Eu conheço o poder do Lado Negro. Eu sou o fogo do ódio. Todo o Universo se curva a mim. Eu me brindo às Trevas. Por eu ter achado a verdadeira vida, na morte da Luz”.

sábado, novembro 11, 2006


Poetry and Bullets, 3 anos de Estrada


Antes de começar, saúdo aqueles que acompanham este blog, lembro que já faz 1 ano de existência no blogger, fora os 2 anos que o poetry and bullets era lançado em flogs, lógico que tenho um orgulho imenso de saber que meus textos de certa forma levam algo bom (nem sempre) para meus amigos leitores.

Muitas águas passaram por esta ponte e muitos acontecimentos e amigos, chegaram ou desapareceram (Saudades), mostrando que a vida é um verdadeiro ciclo evolutivo do qual todos nós passamos “Tudo esta no campo das Saudades (e que saudades!) e dos Sonhos”. Lembro mui bem que quando comecei a escrever esta coluna (ou fragmentos da minha alma) no antigo fotolog a produção era totalmente incipiente, pretensiosa cheia de um falso charme, não que eu não ache que melhorei, apenas adquiri uma maior experiência e motivação para escrever, continuando... Lembro muito bem que me considerava ate brilhante (Quanta Bazofia!), hoje me considero apenas um projeto de escritor, que passa as suas impressões do cotidiano e até passo alguns pedaços do meu sentimentalismo que me consome diariamente.

A grande verdade é que este Blog tornou-se uma extensão do meu ser passional e criativo, que transformou a minha consciência em um verdadeiro “Sangue, suor e Lagrimas”. Lógico que se não tiver coração não se ama e muito menos poderemos mudar algo nos outros ou em nós mesmos, afinal sempre preguei que temos que carregar a “Chama Sagrada” para onde formos.

“Sem sonhos não amamos, nem mudamos, muito menos evoluímos”.

Sem mais me estender, fico alegre por saber que este trabalho vem trazendo frutos que surgem diariamente no reconhecimento de amigos e admiradores (Galera bem que podiam comentar meu Blog, Rsrsrsrs), obrigado a todos por darem incentivo para que eu continue este trabalho.

Ps: Este mês quebro a serie de textos no qual vinha trabalhando, colocando textos especiais dos quais traz a minha marca e até meu interior impresso neles.

Meus agradecimentos e Saudações Carinhosas.

Gustavo La Guerre
Pour l'amour, Pour la guerre



Sábados Sem fim

Teu cheiro me acompanha, como me dói! Dormir na mesma cama que nos amamos e sonhamos, sou um sonâmbulo que visualizo as mesmas imagens, sons e cheiros. Ai como dói! Andar na rua e te ver em vários rostos, sorrisos, olhares, óculos, uma loucura, um beijo... Tenho que parar!

Quero colar meu corpo ao teu, quero tua presença, teu sorriso de rosa fêmea menina, tua boca, teu ventre... Perder-me em mil sábados sem fim. Enlouquecendo nas segundas que se arrastam e buscando desesperadamente preencher meu mundinho com a sua existência de deusa profana dos meus pensamentos.

E quando retornar as sextas de alegre expectativa, quero te convidar para caçar em meu bosque interior, minha deusa profana risonha... Quero mil sábados sem fim... Eternamente sem fim.

Gustavo La Guerre

domingo, novembro 05, 2006


Jardim profano


Algo para pensar, escutar e ler...

Ave, Lúcifer.
(Arnaldo Baptista, Rita Lee e Elcio Decário)
Do Album: A divina comédia ou... Ando meio Desligado

As maças envolvem os corpos nus
Nesse rio que corre
Em veias mansas dentro de mim
Anjos e Arcanjos repousam neste Édem infernal
E a flecha do selvagem
matou mil aves no ar

Quieta, a serpente
se enrola nos seus pés
É Lúcifer da floresta
que tenta me abraçar

Vem amor, que um paraíso
num abraço amigo
sorrirá pra nós
sem ninguém nos ver
Prometa, meu amor macio
como uma flor cheia de mel
pra te embriagar
Sem ninguém nos ver

Tragam luvas negras
Tragam festas e flores
Tragam corpos e dores
Tragam incensos e odores

Mas tragam Lúcifer pra mim
Em uma bandeija pra mim...

(Agora vamos ao texto)

Eu tenho um dom que para mim é maldito, escrever sobre sentimentos, sentidos, sem nunca prova-los. Sem nunca perder meu sentimentalismo, nunca vivencia-lo mais sempre sentindo, perdendo pouco a pouco e sempre distante do paraíso.

Ora se fosse menos sonhador e escutasse menos aos que são próximos, ah! Seria muito mais feliz, não... Estaria no paraíso. Afinal sou um anjo sujo me emaranhando em rosas perdidas e negras. Como a felicidade é distante desta contingência.

Tenho às vezes desejos negros, a morte me cerca e afinal... Tudo é um filme... Cadê o amor? Onde estará? Já foi perdido neste jardim profano.

Gustav la Guerre
Pour l'amour, Pour la guerre