domingo, novembro 13, 2011

Bossa (buddypoke) Nova - Sylvia Telles Part 3

Sylvia Telles (Rio de Janeiro, 27 de agosto de 1934 — Maricá, 17 de dezembro de 1966), também conhecida como Sylvinha Telles, foi uma cantora brasileira e uma das intérpretes dos primórdios da bossa nova.

A maioria de seus discos estão fora de catálogo, o que dificulta o seu conhecimento pelas gerações recentes. Porém, ocasionalmente é lançada uma compilação com algumas de suas inúmeras gravações.

Segundo matéria publicada em O Globo e assinada por João Máximo: "Sylvinha foi uma das melhores intérpretes da moderna música brasileira, entendendo-se como tal a que vai de Ponto final - com Dick Farney e Amargura, com Lúcio Alves, até as canções que Tom e Vinicius fizeram depois de Orfeu da Conceição".

Família

Sylvia era filha de Maria Amélia D'Atri, natural da França, e do carioca Paulo Telles, um amante da música clássica. Seu irmão mais velho, Mário Telles, também foi músico.

Ela estudou no Colégio Sagrado Coração de Maria e sonhava em se tornar bailarina, mas, ao realizar um curso de teatro, descobriu que seu talento era realmente cantar.

Carreira

Em 1954, Billy Blanco, amigo da família, notou o dom de Sylvinha e apresentou-a a amigos músicos. Nas reuniões que eles faziam, pôde conhecer os grandes nomes do rádio da época, tais como Aníbal Augusto Sardinha, o Garoto, que a ajudou a encontrar trabalho em boates para o início de sua carreira profissional. Nessa época, conheceu seu primeiro namorado, o cantor e violonista João Gilberto, amigo de Mário; o relacionamento acabou porque a família Telles não gostava do jovem, que vivia de favor na casa dos outros.[2]

No ano seguinte, Garoto escreveu-lhe um musical, chamado Gente de bem e champanhota, executado no Teatro Follies de Copacabana. Na ocasião, o músico e advogado José Cândido de Mello Mattos, o Candinho, acompanhou Sylvinha na canção Amendoim torradinho, por Henrique Beltrão. Eles se apaixonaram à primeira vista. Pouco tempo depois, morreu Garoto, sem poder ver o lançamento do primeiro disco de Telles.

Sylvinha e Candinho casaram-se e tiveram uma filha, Cláudia Telles. Em 1956, ela e seu marido apresentaram pela TV Rio o programa Música e romance, recebendo como convidados Tom Jobim, Dolores Duran, Johnny Alf e Billy Blanco. Contudo, o casal logo se separou.

Em 1958, o local de encontro dos músicos passou a ser o apartamento de Nara Leão, então com quinze anos de idade. Ronaldo Bôscoli, que frequentava as reuniões, atuava como produtor musical do grupo. Sylvia Telles, que já era um nome conhecido, foi então chamada para participar de um espetáculo no Grupo Universitário Hebraico, juntamente com Carlos Lyra, Roberto Menescal, entre outros. Foi neste show, "Carlos Lyra, Sylvia Telles e os seus Bossa nova", que a expressão "bossa nova" foi divulgada pela primeira vez.

Sylvinha Telles chegou a fazer turnês em outros países, como Estados Unidos, Suíça, França e Alemanha.

Em 1963, já divorciada de Candinho, Sylvia casou-se com o produtor musical Aloysio de Oliveira, separando-se no ano seguinte por causa de ciúme. Aloysio casou-se com Cyva, do Quarteto em Cy, posteriormente.

Morte

Em 1966, a notícia da morte repentina de Silvia Telles, no auge do sucesso, num violento acidente de carro - no qual também morria o namorado, Horacinho de Carvalho, filho do casal Horácio de Carvalho, dono do jornal Última Hora e Lily de Carvalho ( hoje Lily de Carvalho Marinho) - atingiu em cheio o coração dos brasileiros.Tinha 34 anos. E seu tom intimista deixara em cada um de nós a fantástica sensação de ter perdido, mais que uma grande artista, ou uma artista do coração, mas alguém bem mais próximo de nós. Ainda hoje, quem viveu aqueles dias, de prazer e de luto, não ouve a voz de Silvia Telles sem ter o coração acelerado.

Sylvia Telles - Só em Teus Braços

Música gravada inicialmente por Sylvia Telles em 1959, no LP "Amor de gente moça", foi posteriormente gravada por inúmeros outros cantores como João Gilberto, Lana Bittencourt, Marisa Gata Mansa, Nana Caymmi e muitos outros. Antonio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim, Tom Jobim, foi o compositor brasileiro mais famoso dentro e fora do Brasil, na última metade do século XX. Carioca, nascido na Tijuca em 25 de janeiro de 1927, mudou-se para Ipanema em 1931. Iniciou seus estudos musicais em 1941 com o professor Hans Joachim Koellreuter, teve  excelente formação musical ainda com os professores Lucia Branco, Tomás Terán, Leo Peracchi e Alceu Boccchino. Formou com Vinicius de Moraes a mais famosa dupla de compositores da moderna música popular brasileira: provavelmente a dupla mais erudita onde Vinícius era mais letrista e Tom mais compositor. Conheceram-se em 1956, através do jornalista e escritor Lúcio Rangel, no famoso Bar Gouveia, em frente à Academia Brasileira de Letras, quando foi convidado e aceitou musicar a peça "Orfeu da Conceição" de Vinícius de Moraes.

    Compuseram juntos músicas maravilhosas como "Se todos fossem iguais a você", "Chega de saudade", "Garota de Ipanema" (uma das músicas mais gravadas em todo o mundo), "Eu sei que vou te amar", "A felicidade", "Insensatez", "Canção de amor e paz", "Ela é carioca", "Eu não existo sem você" e muitas outras. Participaram ativamente das músicas de transição entre a fase de "dor de cotovelo" e a bossa nova, cujo marco inicial considera-se "Chega de saudade", gravada por Elizeth Cardoso no LP "Canção do amor demais" com João Gilberto tocando violão com sua batida diferente e característica da bossa nova. "Só em teus braços" foi uma das maravilhosas músicas da época da bossa nova compostas por Jobim, tanto letra como música. Autor de 310 composições registradas sendo 102 só de sua autoria e as demais com os melhores parceiros musicais. Antonio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim morou muito tempo nos Estados Unidos da América tendo participado de inúmeras gravações com famosos músicos e cantores americanos como Frank Sinatra, Stan Getz, Miles Davis, Quincy Jones, Dizzie Gillespie, Charles Byrd, Sara Vaughn, Ella Fitzgerald e Louis Armstrong. Faleceu dia 8 de dezembro de 1994, aos 67 anos em Nova York.  Nana Caymmi nasceu em 29/4/1941 no Rio de Janeiro, filha do cantor e compositor Dorival Caymmi e de Stella Maris também cantora. Em 1960 registrou sua primeira atuação em estúdio cantando "Acalanto" composição de seu pai em sua homenagem quando ainda era criança. Tem sido uma excelente intérprete da música popular brasileira com sua voz potente e muito afinada. Muito respeitada pelo público e crítica, já gravou inúmeros LP's e CD's e continua fazendo shows no Brasil e no exterior.



terça-feira, novembro 08, 2011

Bossa (buddypoke) Nova - Sylvia Telles Part 2

   Dando Seguimento ao projeto, esta semana sendo dedicada em homenagem a uma das maiores cantoras brasileiras, Sylvia Telles. O que posso dizer de tamanha cantora, romântica e de voz que faz muitos sonhar? Apenas que é grande e sua passagem marcou a musica brasileira. Hoje postarei um vídeo do disco Amor de gente moça, lançado em 1959 e que tem varias musicas maravilhosas.

Sylvia Telles - Parte 2

   Cantora e compositora identificada com a bossa nova, começou a carreira antes de o movimento se consolidar. Já em 1952 pensava em ser cantora. Por volta de 1955 começou a se apresentar em teatros e nesse ano gravou o primeiro compacto, com "Amendoim Torradinho" (Henrique Beltrão) e "Desejo" (Garoto/ José Vasconcelos/ Luiz Claudio). Em 1956 lançou um 78 rotações com "Foi a Noite" (Tom Jobim/ Newton Mendonça), considerado um marco precursor da bossa nova. Na outra face do disco, "Menina", de em Carlos Lyra também iniciante. Um ano depois lançou seu primeiro LP, "Carícia", que trazia "Se Todos Fosse Iguais a Você" (Tom Jobim/ Vinicius) e "Chove Lá Fora" (Tito Madi), entre outras. Com o disco "Amor de Gente Moça", de 1959, tornou-se a primeira cantora profissional a lançar um disco inteiro de bossa nova. O LP continha algumas canções que se tornaria clássicos, como "Dindi" (Tom Jobim/ Aloysio de Oliveira), "A Felicidade" (Jobim/ Vinicius de Moraes) e "Só em Teus Braços" (Jobim). Nos anos 60 viajou pelos Estados Unidos e gravou discos sempre ligados aos compositores de bossa nova. Morreu em um desastre de automóvel quando se preparava para viajar aos EUA mais uma vez. 
 Amor de Gente Moça - 1959

Sylvia Telles / Amor De Gente Moça (1959)
Odeon -  Tracks: 12  Playing time: 32:06

1    Dindi – Sylvia Telles – (Tom Jobim & Aloysio de Oliveira) (2:36)
2    De Você Eu Gosto – Sylvia Telles – (Tom Jobim & Aloysio de Oliveira) (2:37)
3    Discussão – Sylvia Telles – (Tom Jobim & Newton Mendonça) (1:56)
4    Sem Você – Sylvia Telles – (Tom Jobim & Vinicius de Moraes) (2:46)
5    Fotografia – Sylvia Telles – (Tom Jobim) (2:51)
6    Janelas Abertas – Sylvia Telles – (Tom Jobim & Vinicius de Moraes) (2:37)
7    Demais – Sylvia Telles – (Tom Jobim & Aloysio de Oliveira) (3:43)
8    O Que Tinha De Ser – Sylvia Telles – (Tom Jobim & Vinicius de Moraes) (1:54)
9    A Felicidade – Sylvia Telles – (Tom Jobim & Vinicius de Moraes) (2:57)
10   Canta Canta Mais – Sylvia Telles – (Tom Jobim & Vinicius de Moraes) (3:21)
11   Só Em Teus Braços – Sylvia Telles – (Tom Jobim) (1:55)
12   Esquecendo Você – Sylvia Telles – (Tom Jobim) (2:53)


Particularmente, adoro este disco, pois como interprete dos grandes compositores da Bossa Nova, ela trás um grande cabedal emotivo. Espero que gostem e que tenham vontade de conhecer mais sobre esta grande cantora que é a nossa Sylvinha Telles.

Informações retiradas do site Cliquemusic

Sylvia Telles - Discussão (BuddyPoke Version)

segunda-feira, novembro 07, 2011

Bossa (buddypoke) Nova - Sylvia Telles

Sylvia Telles, sua biografia e discografia



      Sylvia Telles nasceu em 27 de Agosto de 1934. Morreu aos 32 anos, em 17 de Dezembro de 1966. João Máximo a descreve como "uma cantora que representa como nenhuma outra a passagem do samba-canção romântico dos anos 50 para a bossa nova dos 60, sem que isso lhe mudasse o timbre suave, morno, ou estilo sincero e envolvente.

    Sylvinha foi uma das melhores intérpretes da moderna música romântica brasileira, entendo-se como tal a que vai de 'Ponto final', com Dick Farney, e 'Amargura', com Lúcio Alves, até as canções que Tom e Vinicius fizeram depois de 'Orfeu da Conceição'. Mas poucos se lembram disso.

    Nascida em 1934, entrou em cena depois de Dick e Lúcio, para sair dela aos 32 anos, numa morte trágica que coincide com a época do anti-romantismo proposto pelos festivais da canção. Em seus curtos dez anos de carreira, foi sempre ela mesma, pessoal, meiga, apaixonada, sem se entregar aos arroubos vocais das divas que a antecederam, nem ao canto miúdo, econômico, de vozinha frágil, das joão-gilbertianas cantoras de depois."

Discografia

  • (1997) Por causa de você-Dedicado a Silvinha Telles • CD
  • (1966) Reencontro-Silvinha Telles, Edu Lobo, Tamba Trio e Quinteto Villa-Lobos • LP
  • (1966) The music of Mr. Jobim by Sylvia Telles • Elenco • LP
  • (1964) Bossa session-Silvinha Telles, Lúcio Alves e Roberto Menescal e seu Conjunto
  • (1964) The face I love • Kapp • LP
  • (1963) Bossa, balanço, balada • Elenco
  • (1962) Bossa nova mesmo-Carlos Lyra, Laís, Lúcio Alves, Silvinha Telles, Vinicius de Moraes e Conjunto Oscar Castro Neves • LP
  • (1961) Sylvia Telles U.S.A. • LP
  • (1960) Amor em hi-fi • Philips
  • (1959) Amor de gente moça
  • (1958) Silvia • Odeon • LP
  • (1957) Carícia • Odeon
  • (1956) Luiz Bonfá e Silvia Telles (Compacto Duplo 45 rpm)
  • (1956) Silvia Telles  ( 2 Compactos Simples) 
  • (1955) Amendoim torradinho/Desejo • Odeon • 78
  • (1955) Menina/Foi a noite • Odeon • 78
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   Começo este pequeno projeto com uma das cantoras que mais amo, Sylvia Telles, uma voz apaixonante, que embalou os anos 60 e nos abandonou em 66, teimo em dizer que é minha musa, pois poucas cantoras refletem e passam tanto romantismo, como ela (pelo menos para mim). Então começo esta semana, com uma musica super especial. Gardez moi Pour Toujour. Aproveitem!




sábado, outubro 08, 2011

Relíquia


Ainda tenho tua presença, ainda penso na tua boca (como dói), ainda guardo a tua relíquia, teu isqueiro, teu cheiro. Quero tua boca!


Enxuga minhas lagrimas.

domingo, outubro 02, 2011

Saudade



Ai que droga é sentir saudades, pensar e sentir seu cheiro, mesmo fazendo séculos que não te vejo. Ah como queria a tua boca colada a minha, esperando o meu fôlego acabar, enquanto minha alma é jogada em um turbilhão sem fim. Porque tanta distancia? Porque? Por... Apenas segundos para um telefonema, apenas dizer sinto saudades. Porque entrou na minha vida? Porque deixou este buraco? Como dói se apaixonar, entregar um pedaço de si mesmo, esperando... Você, apenas você!


Este texto não tem data, e nem tempo, muito menos dimensão, foi feito apenas para lembrar este velho coração, que para se apaixonar, não precisa idade, apenas vontade.

domingo, setembro 25, 2011

Yeats

Ok não é um texto meu... mas isso é pra explicar o que eu sou.


Se eu tivesse as sedas bordadas do céu.
Com bainhas de luz de ouro e de prata.
As sedas azuis e sombrias e escuras.
Da noite e da luz e da meia-luz.

Deitava-as todas aos teus pés.

Mas eu sou pobre e só tenho os meus sonhos.
Deitei-os todos aos teus pés Pisa com cuidado,
É nos meus sonhos que estás a pisar.
(W. B. Yeats)

sexta-feira, setembro 23, 2011

Morena Bossa



Morena Canela, deliciosamente fruta do leão do norte, tão linda, tão fresca, tão nova. Sendo pernambucana, tão bossa, tão linda, teus cabelos, canela pura na minha língua, sinto teu balançar morena canela, delicia, bossa nova. Desperta meu sentimento, tão bom, sua sensualidade seria e irreverente, me deixa tão louco e tão criança, bobo, como um lobo, me embala apenas ao som desta bossa, morena, canela, nova.

Tua boca carnuda, brilhante e úmida é um rebolar por este Capibaribe infinito e inebriante, lembrando uma tarde calma sensual, quente, doce, é um vulcão!
Morena nova, canela, bossa. Mesmo sendo pernambucana, me lembra o som quente, e gostoso que embala através dos teus olhos verdes de Itamaracá, tão calmos e tão passionais.
Você não é carioca, mais é doce canela a brisa da boa viagem, morena da minha eterna bossa, canela, sensual, nova.

terça-feira, setembro 13, 2011

Tempo

Tempo, corre tempo, esvai tempo, retorna tempo, para que tempo? se não tenho mais tempo?
Corro com o tempo, procurando o tempo, agarro o tempo, faço voltar o tempo.
perdi tempo?

Uma pequena reflexão... Não perdemos tempo, temos apenas novas chances de recomeço, repaginar nossa vida, tentar buscar o tempo perdido... o tempo não se perde, ele se conquista a passos largos. Podemos perder, só que lá na frente teremos chances de conquistar...

deixo aqui umas palavras de uma pessoa que amo bastante... e que me mandou um email, do qual até me emocionei e vi a verdade de fato.

"Lembre-se: somos o resultado das nossas escolhas, ninguém é culpado pelos frutos resultantes que colhemos delas. Podemos modificar sempre a nossa estrada, podemos modificar sempre o nosso futuro para melhor, é só querermos.
Palavras proferidas sem atitudes e ação, de nada servem!"

Abraços e Fé para todos!

quinta-feira, setembro 08, 2011

Buraco

Bem mais um dia se passa e aqui retorno, para escrever, colocar para fora, delinear meus pensamentos. O engraçado destes dias sou eu notar o tamanho buraco que se forma em meu ser, engraçado é eu não ter parado para pensar sobre o assunto.

Custa a pensar às vezes, pois é um demérito meu até, não pensar no obvio e até não olhar para mim mesmo. É como gritar sem emitir som... Às vezes omito esta parte de mim mesmo, tentando passar para aqueles ao meu lado uma felicidade falsa, ora porque tenho que mostrar meu interior? Não obrigado, estou muito bem assim.

Vou tornar hoje relevante... Um pouco só! o que tenho aqui dentro, parei as 8h da noite para escutar jazz e ritmos semelhantes (rat pack que o diga!). Voltando... Além de tudo, comecei a pensar em certas situações que são recorrentes em minha vida. A primeira é sempre este sentimento de abandono total, quase uma anulação sentimental, Melhor! Vamos mudar o tom desta porra, vamos realmente falar do que interessa.

O que interessa é a porra do buraco que sinto, é a porra da anulação que me carrega e aumenta a cada dia, hora, minuto, segundo. seria fácil apenas virar e dizer, porra mais não sinto nada! Seria fácil claro, mais ai me perguntam, que porra eu estou falando realmente? Fácil dizer... Estou falando da porra do amor.

Isso, amor mesmo, não aquele teorizado, estou falando de algo mais profundo, mais passional, muito mais arrasador e que consome as tripas, parecendo lava quente. Fácil teorizar, que amor é bla, bla, bla e Bla! Difícil é realmente senti-lo. Engraçado, estou a 6 anos digitando este blog, tentando passar meu sentimentalismo. Afinal acho que estou errando em algum ponto.

Não sei bem aonde irei parar com tudo isso, sei apenas que posso seguir e lutar contra a maré deste sentimento, que me carrega cada vez mais longe do que devo ser.  Não quero teorizar o amor, quero vive-lo, isso é um fato! Meu grande problema sempre foi colocar o amor em primeiro lugar, dando consistência aos meus sonhos e assim buscá-lo de forma mais forte. Queria poder ser mais convencional ou até pratico, Trabalharia e viveria por um objetivo menos nobre, escolheria as batalhas mais praticas (profissão, carreira, formatura)... É seria muito fácil.

Mais no final sou um ser passional, vivendo num superlativo de objetivos ligados a sonhos, cuja materialidade pode ser atingida, depois claro de um custo emocional que no fundo me carrega a este colóquio tão cheio de magoas. Afinal se eu fosse mais pratico, seria feliz... Será?

Difícil é retratar a paisagem do sentimento, quando ele está tão distante desta contingência.

segunda-feira, setembro 05, 2011

Insônia




   01h46min, os minutos passam como uma eternidade, tentando lembrar do teu ultimo cheiro, teu ultimo beijo. os minutos passam como as lágrimas que descem do meu rosto (Tão abundantes). Talvez seja por eu ter um temperamento trágico, ou por me sentir tão sozinho e impotente de tanto olhar este celular.

    01h48min, passaram-se 2 eternidades nestes minutos, acendo outro cigarro, sem mesmo notar que  faz apenas 3 minutos que acabei o ultimo (tudo tão automático), enxugo o rosto, suspiro fundo, olho para o cigarro, minhas mãos tremem, perco a vontade, sinto o chão escapar, tudo parece rodar, rodar, rodar (Apenas meu coração!)

    01h51min, não consigo parar, o choro transcorre nesta eternidade de minutos, teu rosto, tua pele, tua boca, teu gosto. Paro e me levanto, suspiro e olho mais uma vez  (quem sabe não atrasou?). Não! Não atrasou, apenas não existe, o cigarro começa a queimar meus dedos, enquanto em minha letargia dedilho os farrapos de um sentimentalismo que esta se perdendo na contingência.

    Perdi a noção do tempo, apenas o sentimento conflitante me embala, me arrasta e me devora, apenas param sentir o quão fugaz e terrificante é tudo. Cada vez mais distante, tão distante dos meus olhos turvos e ao mesmo tempo tão perto da minha desolação. Quisera ter forças para me anular, deletar, desistir. Mais são 01h55min, ainda tem tempo de chorar, ainda tenho tempo de lamentar.

São 02h da manha, estou lavando meu rosto convulso e ao mesmo tempo mirando meus olhos sem expressão e tão profundos ao mesmo tempo, cansados e afinal desisto e vou dormir, tentar esquecer mais um dia, apagar um pouco desta magoa.


02h01min... Boa noite.

quinta-feira, setembro 01, 2011

Quando!?



Tu dimmi quando quando
Dove sono i tuoi occhi e la tua bocca
Forse in Africa che importa

Não pelo erro em si, mais pela imbecilidade do ato, perder algo valioso apenas por um deslize, e ficar com este vazio no peito, secando a boca e umedecendo meus olhos. Sentir escapando pelas mãos como se fosse abraçar o vento...

Tu dimmi quando quando
Dove sono le tue mani ed il tuo naso
Verso un giorno disperato
Ma io ho sete, ho sete ancora


Sinto queimar as lágrimas ao meu rosto, perdidas em um soluço silencioso, tentando entender, entender... perder! Recomeço a recitar lentamente a a letra, tão febril como uma litania sem fim e repetitiva dentro do meu peito... Perder!Perder!Perder! Chega ser impulsivo mentalizar tanta angustia, acendo um cigarro, outro, outro, outro e mais outro. Meus lábios serrados e impotentes velam o desenlace.

Tu dimmi quando quando
Non guardarmi adesso amore
Sono stanco
Perché penso al futuro

Queria esquecer tudo, apagar e obliterar, mais não se esquece, não apaga e não se oblitera algo tão profundo, seria facil arrancar se fosse apenas fingimento, seria facil esquecer se tudo fosse apenas ilusão, seria facil desaparecer se eu não te amasse tanto! onde esta meu futuro???


Tu dimmi quando quando
Siamo angeli che cercano un sorriso
Non nascondere il tuo viso
Perché ho sete, ho sete ancora

A fumaça começa a nublar minha visão umida, meus dedos desvanecem e perdem sua eloquência, o palpitar aumenta saindo do ritmo dos meus pensamentos, procuro em meus pensamentos motivos para esquecer e acalentar tudo, não da, não consigo! Perco o senso nestes últimos minutos, tento deitar, sinto o palpitar infinito, tão intenso quanto teu cheiro ao meu corpo, tua boca em pequenos beijos velados no escuro... teu cheiro, teus beijos, quanta sede!!


Tu dimmi quando quando
Ho bisogno di te almeno un'ora
Per dirti che ti odio ancora
Tu dimmi quando quando
Lo sai che non ti avrò
E sul tuo viso
Sta per nascere un sorriso
Ed io ho sete, ho sete ancora
Sete ancora.....

    Quero saber quando, quando te ver, quando te beijar, pela primeira vez até a ultima, sentir teu cheiro e adormecer embriagado no sonho, não quero mais errar pela vida sem o porto seguro, sem a referencia e sem  os finais de semana. Queria poder dizer te odeio mesmo quando meus olhos dizem o contrario, tentar esconder e mentir pra mim mesmo... mais não adianta!! é tão verdade quanto tenho sede agora.

Tu dimmi quando quando...

quarta-feira, março 30, 2011

Insatisfeito

Febril recomeço a escrever, o sentimento brota e espalha pela minha alma... busco a quietude e no final sempre me invade a incerteza e o contra ponto final de minha existência. Buscar sempre e navegar em sonhos é o que busco... quero o preenchimento do vazio, buscar a boca, acalentar, saciar... O sonho apenas é o prenuncio do encontro, da realização, quero dormir e sonhar, satisfazer o vazio das minhas entranhas.

A saciedade é algo distante desta contingência, busca-lá é apenas um sonho, ou uma realidade? Quero as vezes em minha revolta expurgar esta onda de sentimentalismo, do querer e ser querido... Insatisfação é o que me preenche e corroer diariamente, sonhar, querendo realizar algo impossível ou talvez possível?

Quero apenas a paz do corpo, ser saciado em minha alma, a quietude do amanha... o futuro tão desejado! Fumo meu cigarro e vejo o quão impessoal soa para mim tudo isso. Quero quebrar tudo e dizer o quão defeituoso sou, quero transgredir o normal e invadir a alma desejada, Eu quero! EU DESEJO!!

Quero vomitar todo o sentimentalismo, deixá-lo a mostra, agredir a normalidade, quebrar os freios do convencionalismo. Desejo o anormal, a conjunção do meu e seu, quero quebrar, quero matar, quero expurgar a violência do sentimentalismo preso. Vou vomitar a minha violência, meu ato insano de desvendar os teus desejos.

Quero, Preciso, Necessito colocar você para dentro de mim, só para mim...

Grito

Indefinível, insensível, indissolúvel....

Perco meus últimos minutos pensando nestas 3 palavras, sentimento de total desalento e possível frustração, minha vida se transformou em um imenso jogo, circular, eterno, repetitivo... sempre de volta ao mesmo ponto de origem, o desalento invade meu ser enquanto me consumo em duvidas a cerca de ti....


Quero sonhar o velho sonho,
Buscar dentro do teu peito o meu alento.
Não quero cair em desespero
Sem antes provar os seus beijos.

Tudo é tão indefinivel, meu passado e presente descortinam meu futuro, buscando cada vez mais explorar as possibilidades de uma felicidade sem fim. quero descansar, quero a paz, preciso urgentemente de silencio... teu corpo unido ao meu, o desespero do gozo, a faina do desespero ante o gozo que pronuncia. apenas o orgasmo do teu corpo, a saciedade da minha alma. A pedra fundamental da minha paz... Preciso disso!


Tua boca pronuncia minha perdição,
Parafrasear o desespero, apenas loucura
Busco que nem um louco a solidão
quero tua pele nua

Insensível esta meu corpo, quando a alma começa a chorar e ficar insatisfeita, buscando algo que me falta, a duvida cruel rompendo os laços do meu ser, buscando insensantemente a paz e sempre errando. Aonde esta a paz? aonde buscar o descanso? Minha mente em conflito com minha alma apaixonada, busca apenas a concordancia da razão e sentimento, do sonho e a realidade. apenas quero provar finalmente o descanso dos teus braços.


Nunca mais quero tua boca.
nem tua alma em união a minha
quero partir a tua alma, te deixar louca
Repetir para todo sempre sou teu senhor, você é minha!

Indissolúvel é o pensamento, o repouso ou talves o sonho de algum dia alcança-la, toma-la, possui-la... Ser teu dono e contrariar todas as transgressões, apenas ter e descansar. Almejo apenas a união, o uno, o simples ou apenas a posse sem ciumes. quero possuir sem egoísmos... Quero sempre mais! Buscar a boca, morde-la, amar, ser mestre e escravo deste sentimento... São sonhos Indissolúveis, um dia chego lá!

Que assim seja no meu egoismo, para sempre teu, amem!