segunda-feira, setembro 05, 2011

Insônia




   01h46min, os minutos passam como uma eternidade, tentando lembrar do teu ultimo cheiro, teu ultimo beijo. os minutos passam como as lágrimas que descem do meu rosto (Tão abundantes). Talvez seja por eu ter um temperamento trágico, ou por me sentir tão sozinho e impotente de tanto olhar este celular.

    01h48min, passaram-se 2 eternidades nestes minutos, acendo outro cigarro, sem mesmo notar que  faz apenas 3 minutos que acabei o ultimo (tudo tão automático), enxugo o rosto, suspiro fundo, olho para o cigarro, minhas mãos tremem, perco a vontade, sinto o chão escapar, tudo parece rodar, rodar, rodar (Apenas meu coração!)

    01h51min, não consigo parar, o choro transcorre nesta eternidade de minutos, teu rosto, tua pele, tua boca, teu gosto. Paro e me levanto, suspiro e olho mais uma vez  (quem sabe não atrasou?). Não! Não atrasou, apenas não existe, o cigarro começa a queimar meus dedos, enquanto em minha letargia dedilho os farrapos de um sentimentalismo que esta se perdendo na contingência.

    Perdi a noção do tempo, apenas o sentimento conflitante me embala, me arrasta e me devora, apenas param sentir o quão fugaz e terrificante é tudo. Cada vez mais distante, tão distante dos meus olhos turvos e ao mesmo tempo tão perto da minha desolação. Quisera ter forças para me anular, deletar, desistir. Mais são 01h55min, ainda tem tempo de chorar, ainda tenho tempo de lamentar.

São 02h da manha, estou lavando meu rosto convulso e ao mesmo tempo mirando meus olhos sem expressão e tão profundos ao mesmo tempo, cansados e afinal desisto e vou dormir, tentar esquecer mais um dia, apagar um pouco desta magoa.


02h01min... Boa noite.

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