domingo, setembro 25, 2011

Yeats

Ok não é um texto meu... mas isso é pra explicar o que eu sou.


Se eu tivesse as sedas bordadas do céu.
Com bainhas de luz de ouro e de prata.
As sedas azuis e sombrias e escuras.
Da noite e da luz e da meia-luz.

Deitava-as todas aos teus pés.

Mas eu sou pobre e só tenho os meus sonhos.
Deitei-os todos aos teus pés Pisa com cuidado,
É nos meus sonhos que estás a pisar.
(W. B. Yeats)

sexta-feira, setembro 23, 2011

Morena Bossa



Morena Canela, deliciosamente fruta do leão do norte, tão linda, tão fresca, tão nova. Sendo pernambucana, tão bossa, tão linda, teus cabelos, canela pura na minha língua, sinto teu balançar morena canela, delicia, bossa nova. Desperta meu sentimento, tão bom, sua sensualidade seria e irreverente, me deixa tão louco e tão criança, bobo, como um lobo, me embala apenas ao som desta bossa, morena, canela, nova.

Tua boca carnuda, brilhante e úmida é um rebolar por este Capibaribe infinito e inebriante, lembrando uma tarde calma sensual, quente, doce, é um vulcão!
Morena nova, canela, bossa. Mesmo sendo pernambucana, me lembra o som quente, e gostoso que embala através dos teus olhos verdes de Itamaracá, tão calmos e tão passionais.
Você não é carioca, mais é doce canela a brisa da boa viagem, morena da minha eterna bossa, canela, sensual, nova.

terça-feira, setembro 13, 2011

Tempo

Tempo, corre tempo, esvai tempo, retorna tempo, para que tempo? se não tenho mais tempo?
Corro com o tempo, procurando o tempo, agarro o tempo, faço voltar o tempo.
perdi tempo?

Uma pequena reflexão... Não perdemos tempo, temos apenas novas chances de recomeço, repaginar nossa vida, tentar buscar o tempo perdido... o tempo não se perde, ele se conquista a passos largos. Podemos perder, só que lá na frente teremos chances de conquistar...

deixo aqui umas palavras de uma pessoa que amo bastante... e que me mandou um email, do qual até me emocionei e vi a verdade de fato.

"Lembre-se: somos o resultado das nossas escolhas, ninguém é culpado pelos frutos resultantes que colhemos delas. Podemos modificar sempre a nossa estrada, podemos modificar sempre o nosso futuro para melhor, é só querermos.
Palavras proferidas sem atitudes e ação, de nada servem!"

Abraços e Fé para todos!

quinta-feira, setembro 08, 2011

Buraco

Bem mais um dia se passa e aqui retorno, para escrever, colocar para fora, delinear meus pensamentos. O engraçado destes dias sou eu notar o tamanho buraco que se forma em meu ser, engraçado é eu não ter parado para pensar sobre o assunto.

Custa a pensar às vezes, pois é um demérito meu até, não pensar no obvio e até não olhar para mim mesmo. É como gritar sem emitir som... Às vezes omito esta parte de mim mesmo, tentando passar para aqueles ao meu lado uma felicidade falsa, ora porque tenho que mostrar meu interior? Não obrigado, estou muito bem assim.

Vou tornar hoje relevante... Um pouco só! o que tenho aqui dentro, parei as 8h da noite para escutar jazz e ritmos semelhantes (rat pack que o diga!). Voltando... Além de tudo, comecei a pensar em certas situações que são recorrentes em minha vida. A primeira é sempre este sentimento de abandono total, quase uma anulação sentimental, Melhor! Vamos mudar o tom desta porra, vamos realmente falar do que interessa.

O que interessa é a porra do buraco que sinto, é a porra da anulação que me carrega e aumenta a cada dia, hora, minuto, segundo. seria fácil apenas virar e dizer, porra mais não sinto nada! Seria fácil claro, mais ai me perguntam, que porra eu estou falando realmente? Fácil dizer... Estou falando da porra do amor.

Isso, amor mesmo, não aquele teorizado, estou falando de algo mais profundo, mais passional, muito mais arrasador e que consome as tripas, parecendo lava quente. Fácil teorizar, que amor é bla, bla, bla e Bla! Difícil é realmente senti-lo. Engraçado, estou a 6 anos digitando este blog, tentando passar meu sentimentalismo. Afinal acho que estou errando em algum ponto.

Não sei bem aonde irei parar com tudo isso, sei apenas que posso seguir e lutar contra a maré deste sentimento, que me carrega cada vez mais longe do que devo ser.  Não quero teorizar o amor, quero vive-lo, isso é um fato! Meu grande problema sempre foi colocar o amor em primeiro lugar, dando consistência aos meus sonhos e assim buscá-lo de forma mais forte. Queria poder ser mais convencional ou até pratico, Trabalharia e viveria por um objetivo menos nobre, escolheria as batalhas mais praticas (profissão, carreira, formatura)... É seria muito fácil.

Mais no final sou um ser passional, vivendo num superlativo de objetivos ligados a sonhos, cuja materialidade pode ser atingida, depois claro de um custo emocional que no fundo me carrega a este colóquio tão cheio de magoas. Afinal se eu fosse mais pratico, seria feliz... Será?

Difícil é retratar a paisagem do sentimento, quando ele está tão distante desta contingência.

segunda-feira, setembro 05, 2011

Insônia




   01h46min, os minutos passam como uma eternidade, tentando lembrar do teu ultimo cheiro, teu ultimo beijo. os minutos passam como as lágrimas que descem do meu rosto (Tão abundantes). Talvez seja por eu ter um temperamento trágico, ou por me sentir tão sozinho e impotente de tanto olhar este celular.

    01h48min, passaram-se 2 eternidades nestes minutos, acendo outro cigarro, sem mesmo notar que  faz apenas 3 minutos que acabei o ultimo (tudo tão automático), enxugo o rosto, suspiro fundo, olho para o cigarro, minhas mãos tremem, perco a vontade, sinto o chão escapar, tudo parece rodar, rodar, rodar (Apenas meu coração!)

    01h51min, não consigo parar, o choro transcorre nesta eternidade de minutos, teu rosto, tua pele, tua boca, teu gosto. Paro e me levanto, suspiro e olho mais uma vez  (quem sabe não atrasou?). Não! Não atrasou, apenas não existe, o cigarro começa a queimar meus dedos, enquanto em minha letargia dedilho os farrapos de um sentimentalismo que esta se perdendo na contingência.

    Perdi a noção do tempo, apenas o sentimento conflitante me embala, me arrasta e me devora, apenas param sentir o quão fugaz e terrificante é tudo. Cada vez mais distante, tão distante dos meus olhos turvos e ao mesmo tempo tão perto da minha desolação. Quisera ter forças para me anular, deletar, desistir. Mais são 01h55min, ainda tem tempo de chorar, ainda tenho tempo de lamentar.

São 02h da manha, estou lavando meu rosto convulso e ao mesmo tempo mirando meus olhos sem expressão e tão profundos ao mesmo tempo, cansados e afinal desisto e vou dormir, tentar esquecer mais um dia, apagar um pouco desta magoa.


02h01min... Boa noite.

quinta-feira, setembro 01, 2011

Quando!?



Tu dimmi quando quando
Dove sono i tuoi occhi e la tua bocca
Forse in Africa che importa

Não pelo erro em si, mais pela imbecilidade do ato, perder algo valioso apenas por um deslize, e ficar com este vazio no peito, secando a boca e umedecendo meus olhos. Sentir escapando pelas mãos como se fosse abraçar o vento...

Tu dimmi quando quando
Dove sono le tue mani ed il tuo naso
Verso un giorno disperato
Ma io ho sete, ho sete ancora


Sinto queimar as lágrimas ao meu rosto, perdidas em um soluço silencioso, tentando entender, entender... perder! Recomeço a recitar lentamente a a letra, tão febril como uma litania sem fim e repetitiva dentro do meu peito... Perder!Perder!Perder! Chega ser impulsivo mentalizar tanta angustia, acendo um cigarro, outro, outro, outro e mais outro. Meus lábios serrados e impotentes velam o desenlace.

Tu dimmi quando quando
Non guardarmi adesso amore
Sono stanco
Perché penso al futuro

Queria esquecer tudo, apagar e obliterar, mais não se esquece, não apaga e não se oblitera algo tão profundo, seria facil arrancar se fosse apenas fingimento, seria facil esquecer se tudo fosse apenas ilusão, seria facil desaparecer se eu não te amasse tanto! onde esta meu futuro???


Tu dimmi quando quando
Siamo angeli che cercano un sorriso
Non nascondere il tuo viso
Perché ho sete, ho sete ancora

A fumaça começa a nublar minha visão umida, meus dedos desvanecem e perdem sua eloquência, o palpitar aumenta saindo do ritmo dos meus pensamentos, procuro em meus pensamentos motivos para esquecer e acalentar tudo, não da, não consigo! Perco o senso nestes últimos minutos, tento deitar, sinto o palpitar infinito, tão intenso quanto teu cheiro ao meu corpo, tua boca em pequenos beijos velados no escuro... teu cheiro, teus beijos, quanta sede!!


Tu dimmi quando quando
Ho bisogno di te almeno un'ora
Per dirti che ti odio ancora
Tu dimmi quando quando
Lo sai che non ti avrò
E sul tuo viso
Sta per nascere un sorriso
Ed io ho sete, ho sete ancora
Sete ancora.....

    Quero saber quando, quando te ver, quando te beijar, pela primeira vez até a ultima, sentir teu cheiro e adormecer embriagado no sonho, não quero mais errar pela vida sem o porto seguro, sem a referencia e sem  os finais de semana. Queria poder dizer te odeio mesmo quando meus olhos dizem o contrario, tentar esconder e mentir pra mim mesmo... mais não adianta!! é tão verdade quanto tenho sede agora.

Tu dimmi quando quando...