sábado, novembro 25, 2006

Na minha porta tem um olho mágico, quero falar dele... Poderia perder horas olhando o mundo por ele, mas fantasmas me rodeiam e não deixam este tempo absurdo que mora no meu peito se eternizar... Quero falar dos fantasmas, eles me lêem e quem sabe vão embora... Meu olho mágico me mostra o que eu quero ver e o que eu vejo é estupidez... Tem um pecado plantado em cada panaca que não sabe se libertar. Tem um deus irado pronto para nos transformar em altistas, tem um deus cegante e mutilador... Tem um deus que eu não acredito... Este outro meu usa piercing, escuta reggae e vai parir uma bela menina... Este outro não mata por moral, não pune por princípios e não surta pelos dogmas... Este outro escreve o que dá na telha. Agradece a chance de ser lido e espia, esperando o que mais se pode ver do mágico olho e espera para se ver...

De Maira Franco

sábado, novembro 18, 2006



Tanto quanto ou quando?

Saudade

Lat. solitate, com influência de saudar

S.f., lembrança triste e suave de pessoas ou coisas distantes ou extintas, acompanhada do desejo de as tornar a ver ou a possuir; pesar pela ausência de alguém que nos é querido; nostalgia;

Abandono

S.m., acto de abandonar;desamparo total; desistência; cedência; renúncia; desprezo.

****************

Os dias passam, sempre evoluindo e se fundindo a pergunta “Quando”... A saudade me maltrata segundo a segundo e nem sei “quando você vem?”. Faria qualquer coisa para fazer parte, sem mesmo pesar ou saber o quanto me custaria ou custa... Mais por favor me diga... Quando você vem?

A semana vai terminando e o quanto e quando se misturam, chegando ao absurdo de não discernir quem e quando, afinal nem sei quanto custa e quando você vem. Perfilo meu corpo inconscientemente, procurando sublimar toda esta angustia que me mortifica. Quero pelo menos saber quando e quanto me custa sofrer ou pelo menos quanto da minha alma você quer?

Como o quando e o quanto estão distantes desta contingência, quanto ou quando?


Gustav La Guerre
"Não há paz, há raiva. Não há medo, há poder. Não há morte, há imortalidade. Não há fraqueza, há o Lado Negro. Eu sou o Coração das Trevas. Eu não conheço o medo, mas o instigo em meus inimigos, Eu sou o destruidor de mundos. Eu conheço o poder do Lado Negro. Eu sou o fogo do ódio. Todo o Universo se curva a mim. Eu me brindo às Trevas. Por eu ter achado a verdadeira vida, na morte da Luz”.

sábado, novembro 11, 2006


Poetry and Bullets, 3 anos de Estrada


Antes de começar, saúdo aqueles que acompanham este blog, lembro que já faz 1 ano de existência no blogger, fora os 2 anos que o poetry and bullets era lançado em flogs, lógico que tenho um orgulho imenso de saber que meus textos de certa forma levam algo bom (nem sempre) para meus amigos leitores.

Muitas águas passaram por esta ponte e muitos acontecimentos e amigos, chegaram ou desapareceram (Saudades), mostrando que a vida é um verdadeiro ciclo evolutivo do qual todos nós passamos “Tudo esta no campo das Saudades (e que saudades!) e dos Sonhos”. Lembro mui bem que quando comecei a escrever esta coluna (ou fragmentos da minha alma) no antigo fotolog a produção era totalmente incipiente, pretensiosa cheia de um falso charme, não que eu não ache que melhorei, apenas adquiri uma maior experiência e motivação para escrever, continuando... Lembro muito bem que me considerava ate brilhante (Quanta Bazofia!), hoje me considero apenas um projeto de escritor, que passa as suas impressões do cotidiano e até passo alguns pedaços do meu sentimentalismo que me consome diariamente.

A grande verdade é que este Blog tornou-se uma extensão do meu ser passional e criativo, que transformou a minha consciência em um verdadeiro “Sangue, suor e Lagrimas”. Lógico que se não tiver coração não se ama e muito menos poderemos mudar algo nos outros ou em nós mesmos, afinal sempre preguei que temos que carregar a “Chama Sagrada” para onde formos.

“Sem sonhos não amamos, nem mudamos, muito menos evoluímos”.

Sem mais me estender, fico alegre por saber que este trabalho vem trazendo frutos que surgem diariamente no reconhecimento de amigos e admiradores (Galera bem que podiam comentar meu Blog, Rsrsrsrs), obrigado a todos por darem incentivo para que eu continue este trabalho.

Ps: Este mês quebro a serie de textos no qual vinha trabalhando, colocando textos especiais dos quais traz a minha marca e até meu interior impresso neles.

Meus agradecimentos e Saudações Carinhosas.

Gustavo La Guerre
Pour l'amour, Pour la guerre



Sábados Sem fim

Teu cheiro me acompanha, como me dói! Dormir na mesma cama que nos amamos e sonhamos, sou um sonâmbulo que visualizo as mesmas imagens, sons e cheiros. Ai como dói! Andar na rua e te ver em vários rostos, sorrisos, olhares, óculos, uma loucura, um beijo... Tenho que parar!

Quero colar meu corpo ao teu, quero tua presença, teu sorriso de rosa fêmea menina, tua boca, teu ventre... Perder-me em mil sábados sem fim. Enlouquecendo nas segundas que se arrastam e buscando desesperadamente preencher meu mundinho com a sua existência de deusa profana dos meus pensamentos.

E quando retornar as sextas de alegre expectativa, quero te convidar para caçar em meu bosque interior, minha deusa profana risonha... Quero mil sábados sem fim... Eternamente sem fim.

Gustavo La Guerre

domingo, novembro 05, 2006


Jardim profano


Algo para pensar, escutar e ler...

Ave, Lúcifer.
(Arnaldo Baptista, Rita Lee e Elcio Decário)
Do Album: A divina comédia ou... Ando meio Desligado

As maças envolvem os corpos nus
Nesse rio que corre
Em veias mansas dentro de mim
Anjos e Arcanjos repousam neste Édem infernal
E a flecha do selvagem
matou mil aves no ar

Quieta, a serpente
se enrola nos seus pés
É Lúcifer da floresta
que tenta me abraçar

Vem amor, que um paraíso
num abraço amigo
sorrirá pra nós
sem ninguém nos ver
Prometa, meu amor macio
como uma flor cheia de mel
pra te embriagar
Sem ninguém nos ver

Tragam luvas negras
Tragam festas e flores
Tragam corpos e dores
Tragam incensos e odores

Mas tragam Lúcifer pra mim
Em uma bandeija pra mim...

(Agora vamos ao texto)

Eu tenho um dom que para mim é maldito, escrever sobre sentimentos, sentidos, sem nunca prova-los. Sem nunca perder meu sentimentalismo, nunca vivencia-lo mais sempre sentindo, perdendo pouco a pouco e sempre distante do paraíso.

Ora se fosse menos sonhador e escutasse menos aos que são próximos, ah! Seria muito mais feliz, não... Estaria no paraíso. Afinal sou um anjo sujo me emaranhando em rosas perdidas e negras. Como a felicidade é distante desta contingência.

Tenho às vezes desejos negros, a morte me cerca e afinal... Tudo é um filme... Cadê o amor? Onde estará? Já foi perdido neste jardim profano.

Gustav la Guerre
Pour l'amour, Pour la guerre


terça-feira, outubro 31, 2006



Verbete da semana ou mês (tanto faz)

Quebrarei um pouco a rotina... Por motivos especiais dissecarei um tema, que neste final de semana me chamou a atenção.

Encontrar: do Lat. incontrare

v. tr., 1.ir de encontro a, 2. esbarrar com;3. achar; 4. fazer oposição a; 5. fazer encontro de; 6. compensar;
v. refl., 7. chocar-se; 8. dar de cara com; 9. ser da mesma opinião;10. disputar; 11. opor-se; 12. achar-se, 13.existir;14. bater-se em duelo.

Desta vez não serei breve, muito menos técnico. Enfim vamos ao texto.

  1. De encontro a ou a que sempre estamos, afinal temos por instinto a busca e até o desejo de encontrar o desconhecido, alguém conhecido ou até alguém desconhecido mas interessante. Lógico que não vou me ater a todos estes aspectos e sim o de encontrar alguém desconhecido;

Acredito que certas pessoas que aparecem em nossas vidas trazem algum propósito ou ate mudanças em nossa vivencia e do modo como olhamos a vida, pois sempre quando estamos em momentos de torpor ou de inércia sentimental, pessoas especiais aparecem caindo do céu e mostrando que não podemos viver sozinhos, afinal não podemos viver sozinhos, pois somos metades a procura de um complemento;

  1. As vezes acabo esbarrando com mulheres que me surpreendem e me fazem sonhar com uma vida a dois, algo romântico, sentimentalista e sonhador ... Ora também sonho as vezes e nem por isto sofro mais do que os outros mortais. Afinal é no esbarrar que encontramos e nos surpreendemos, ate com nos mesmos;
  1. Depois dos dois itens ainda tem este... Achar, mais porque? Muito fácil, através destes dois vamos ao terceiro, acabamos achando e descobrindo algo que normalmente nos escapa, escapa porque estamos fechados em nós mesmos ou apenas por uma distração diária que nos leva a olhar apenas para nós mesmos, afinal é achando que descobrimos algo importante ou ate alguém que mude a realidade, tantos detalhes em apenas poucas horas;
  1. O engraçado de tudo é que mesmo descobrindo coisas formidáveis, acabamos fazendo oposição aos nossos sentimentos, com medo de sofrer e ate adquirir novas chagas, afinal é melhor viver sem sofrimentos do que se arriscar em busca de algo difícil de ser realizado. Mais não é impossível!;
  1. Este nem comento, prefiro calar do que emitir juízo sobre este item;
  1. Posso estar errado, mais o que me vem a cabeça é compensar o tempo que perdemos, sendo tão venais e permissivos. Tentando dar sentido aos nossos pendores e paixões. Deveríamos compensar todos aqueles que ferimos ou ate que iremos ferir, nós que somos pecadores... Quem ira nos compensar??? ;
  1. E sempre acabamos chocando os nossos sentimentos com o nosso racionalismo, tentando dar explicações lógicas. O mundo caminha para a lógica em detrimento do sentimentalismo de outrora, não somos mais românticos nem sonhadores. Somos autômatos e pensadores. Buscamos dar razão as nossas paixões e defeitos e analisamos ate o improvável. Viva os analíticos, por transformarem o amor em um fenômeno meramente fisiológico (pura merda);
  1. Dar de cara?? Com que?? Nestes dias tão polêmicos, onde esquecemos ate nobres valores acredito que dar de cara, só se for com oportunistas e bajuladores, pior ainda com pseudo românticos... (Gargalhadas), Deus como tenho pena destas criaturas, que sobrevivem e se arrastam com tamanha pompa e presunção, queria ter a cara de pau e ser igual a esta escoria, assim sofreria menos e poderia viver uma vida insipiente e sem conteúdo. Deus ou o Diabo de juízo a estes pobres.
  1. Agora que lascou tudo! Desde que me entendo por gente, sempre fui contra ou apenas fingi ser a favor de certas opiniões, afinal a arte de discordar tem que ser exercida com paciência e ate sapiência. Como é lindo discordar do próximo e exercer sua liberdade apenas por ser diferente da maioria, a liberdade é tão subjetiva nos dias de hoje que não entendemos a sua real cara, na verdade o bom é você meter o pau pra cima e discordar, mesmo não tendo poderes para impor a sua opinião. Que a mediocridade cresça sobre as nossas cabeças, só assim saberemos o que nos falta;
  1. Mudando um pouco, penso que se opor aos sentimentos alheios ou próprios é a forma mais eficaz de se ferir o próximo. Quantas vezes temos que teimar? Ou ate criar oposição aos nossos sentimentos, buscando apenas uma satisfação ou um modo de ferir aqueles de quem não gostamos ou ate amamos. Afinal nós mesmos somos senhores e escravos da nossa vaidade, que impera e nos move. Diabos como sou burro e em pecar sempre (Até parece que sinto remorsos);
  1. Me nego a falar!!! Procure você mesmo a resposta.
  1. Onde??? Somos todos seres artificiais num joguete cósmico;
  1. esta ai a solução para todos os problemas, vamos duelar e reviver a velha doutrina de Hobbes “Homo Homini Lupus” afinal somos animais. Esqueçamos do sentimento e do amor, pois o sexo hoje tem mais valor. Pra que amar e ser amado? Pois trocaremos este amor por uma meretriz ou calhorda que nos atrai e confunde nossos sentidos. Afinal é melhor sentir o desejo, do que sofrer o grande embate que é o amor.

Termino aqui as minhas considerações, sem antes relatar o porque das mesmas, Vamos lá. Esta semana me defrontei com varias coisas em que eu tinha esquecido, que são: amizade, amor ao próximo, paixão, etc. O encontro é apenas uma forma de visualizarmos a nós mesmos e aos que estão próximos, encontramos pessoas especiais e diferentes que de tanto diferirem de nós, se tornam iguais e ate correspondem as nossas ânsias. Se vamos seguir em frente, barrar ou ate combater, cabe a cada um e á mim pouco interessa como vão encarar certa situação. Lógico que não se trata apenas de pessoas, o encontro transcende e impera muito acima das razões e paixões humanas, poucos procuram com paixão e encontram o fim almejado, a busca faz parte do encontro, como a realização esta ligada as nossas paixões, basta apenas que o neófito adentre a senda e transcenda o umbral


Afinal tudo é um filme mal escrito e muitas vezes cortado, será que estou sendo sincero? Quem sabe?

domingo, outubro 29, 2006

Lucia


Era manha e Lucia acordava, olhava ao redor com uma preguiça que exprimia todo desejo de continuar deitada e aproveitar o resto de sono que lhe restava, como podia trabalhar ainda se o corpo desejava descanso? Nada podia fazer já era 6 horas. Ela achava seu trabalho enfadonho e às vezes ate torturante, bem que a vida poderia ser mais fácil e mais bela, o que podia fazer se precisava comer e pagar as contas.

Meu coração bate mais rápido
Porque é tamanha ternura
Que escorre e queima meu peito
que nem mares e nem pedras virão enorme enternecimento.


Puro sentimentalismo, give more poetics... tudo que resta a Lucia e desejar o amor em um sonho que acabou se afogando nas águas turvas impuras de suas coxas túmidas e quentes, que tanto exprimiam o desejo de ser amada e tomada pela criatura amada.

E nem maior dádiva
que são os seus olhos tímidos
e tua boca lúcida a me desnortear,
Nem seu sexo que tanto me estonteia.

Em minha juventude de poucas coisas lembro, seja os excrementos que dizia, ou seja, as seções de filmes de terror dos anos 60 que passava no ritz junto ao meu irmãozinho, sim o ritz canto, cantinho, cantão dos meus desejos aflitos de jovem sonhadora que via e desejava a coxa sobre coxa de uma loura tímida que me sorria e ao mesmo tempo desejava que o filme terminasse e assim podermos brincar de casinha ou coisa parecida.

Perder tudo talvez seja uma realidade;
e por que lamentar se não me pertences
e nada leva a pensar que me queiras,
Sofro desvairadamente na incerteza,
mais mesmo assim continuo
pois tudo pra mim é esperança.

Bone chance... Mom ami, Humphrey Bogart apenas acende seu cigarro... Toque uma musica joe, puro excremento sentimental em um filme de 3ª. Mort Dieu, meu coração acelera e não para nem ao ronco de Elisa que se deita com qualquer um a preço de brioche, barato realmente, mulher sem preço nem meios, acendo o meu cigarro e olho para o papel e termino de escrever. Ouço o som de uma guitarra que exprime uma canção profunda do meu ventre, naquela boca túmida saem gemidos de prazer inútil e sem pudor enquanto meu amor se afoga nas águas turvas e sombrias do prazer.

Bate meu coração agitado por mais um dia sem você
e eu em minha ignomia a esperar, a esperar...

terça-feira, setembro 19, 2006

Uma homenagem, se me permitirem... 2 anos sem o nobre amigo, que grande saudade...

Gustav La Guerre
Apenas mais um Saudosista

Burrinho
(homenagem ao nobre Abelardo, doce e poeta Abelardo)

Olha quem vem trotando, triste e sem animo,
Amigo fiel sem sombra de duvidas,
Lamentando e ruminando,
Lá vai ele passando.

Leva em suas costas um peso enorme,
Que pena tenho do meu amigo burrinho,
Que chega em frente ao destino,
Entra burrinho, já é hora.

Soma-se as suas angustias as matérias que estuda, Matemática, química e português. Ai que pena!

Passa burrinho, que o fim de ano vem

chegando.

domingo, julho 09, 2006


Mulher
Gustavo La Guerre

Mulher do Lat. Muliere s. f., pessoa do sexo feminino, depois da puberdade; pessoa adulta do sexo feminino; esposa; consorte; senhora; pessoa do sexo feminino pertencente à classe popular; o conjunto das pessoas do sexo feminino.

Falando em mulheres, flores que vivem a nossa volta, sempre perfumando e transformam nosso juízo.

Sempre com seus olhinhos detalhistas que percorrem e nos descobrem, como podemos não dar razão, aos seus olhinhos tristes querendo lacrimejar?

Sua pele sempre perfumada com óleos e perfumes, quanta vaidade! Sempre de encher nossos olhos e causar orgulho, como não admirá-las?

Ah!! Quase me esqueço do melhor, teu corpo rosa flor, mulher, menina.
Delicada e simples sempre uma nova descoberta...
Sempre uma nova paixão.

Mulher, Mulher, teu ventre é profano, tua boca celestial.

São as flores da minha vida,
Cada uma de um tipo,
Aquela dos olhos tristes e delicados,
Lembram os lírios brancos e indefesos.

São sempre as flores,
Flores brancas tão lindas, degustáveis e plenas,
Rosas, Orquídeas, Margaridas, Girassóis e Lírios.

Nunca deixo de cheirá-las,
Muito menos degustá-las.

terça-feira, junho 06, 2006

Amor segundo o Aurélio


A*mor (ô) sm. 1. Sentimento que predispõe alguém a desejar o bem de outrem. 2. Sentimento de dedicação absoluta de um ser ao outro, ou a uma coisa. 3. Inclinação por laços de família. 4. inclinação sexual forte por outra pessoa. 5. afeição, amizade ou simpatia. 6. O objeto do amor

1. Em meus últimos dias, passei por situações muito difíceis até com um forte apelo sentimental...
Não entendo o sentido que as pessoas tentam procurar no amor, sem ao menos saber se estão prontas para amar e dividir...
Ora, devemos ser sinceros com nós mesmos, amar nos leva a um estado diferente, nos sentimos fortes e tentamos mudar até a nossa realidade.

2. E, na verdade, chego ao consenso comigo mesmo de que poucos se dedicam a outra pessoa. Sendo franco... Quem se dedica ao ser amado? Quem busca a felicidade e a realização do próximo?? Afinal poucos são como no Aurélio. Parece que a grande maioria dos amados e amantes se dedicam apenas ao amor hedonista, ou melhor dizendo... Egoísta.

3. Já aos laços de família pouco tenho a dizer, tenho trauma e até quero distancia...

4. A forma de amor mais conhecida. Tesão, paixão para os puritanos de plantão. A grande verdade que este tipo de amor, paixão ou tesão como prefiro falar, só dura até o orgasmo, depois... Nem comento. Deixo a escolha de vocês.

5. Já a afeição, posso até acreditar em alguns casos. Afeição ao cachorro ou bicho de estimação é a forma mais conhecida... De resto, jogo fora como pura troca social ou de interesses.

6. Este é meu preferido "O Objeto do amor...” na verdade é uma coisa que só os poetas e sonhadores podem dizer e idealizar. Pensamos e sentimos de forma muito profunda tentando desvendar o objeto de desejo e afinal sempre acabamos embarcando em uma jornada que chega até a criar situações, amor... É arte e fogo... Realmente, o que seria do poeta e do sonhador se "O Objeto do amor" não existisse... Simples. Seria tão hipócrita como o resto da humanidade.

Afinal sintetizar o que é o amor não é fácil, sendo a bela dama que te distribui mil beijinhos de forma a te deixar nas nuvens ou a amante devassa que te faz cavalgar nas nuvens...

Ora, vou deixar de ser amargo... Prometo... Quem sabe??

terça-feira, maio 16, 2006



abandono
Gustavo La Guerre

E pra que remediar o que já está perdido? Que nem os anjos me conservam e nem os monges me rezam e para tanto confesso e no simples desejo que prezo, para amar e ser amado é tão complexo? E então pra que eu me arremesso? se não amo e nem amado sou! Grande perdido ou mero parlar nada consiste o cantar e em tudo existe o sonhar se mesmo aprendo a amar pra morrer triste e sem andar?

E pra que tanta misantropia se você é cheia de paixões, e nem um assassino impõe e nem os ladrões propõem, que tanto já me foi que o mero desprezo supõem. E para que não me amar, e ainda você persiste em louvar e a tanto me maltratar se para ti sou um mero amor que não passou de um simples torpor, que a tanto já perdeu o sabor que nem me lembro o fragor das rosas que preenchiam os meus dedos.

E se ainda cantasse, e as rosas saboreassem o mais simples desejo, que nasceram do teu ensejo, sonharia cantando e morreria amando. No mais simples encanto que as rosas me deram. E pra que me desprezo se ainda luto, e se tanto amor disperso não tem remédio e nem cura, perco meus sonhos no mais triste luto que as rosas cortaram meus pulsos.

terça-feira, abril 11, 2006



??-??-??

luz da alma, três leves toques de tua língua, acendem a labareda em minha carne, teus gritos sustenidos elevam a alma ao estado de torpor sensual, labareda da minha alma, três multiplicado por três ainda não explica o frisson diabólico que transborda.

Suave brisa sobe o vale que antecede o teu ventre, quente e morno, mais gritos e suspiros preenchem o meu diário em três dias divididos por três. Puro sentimentalismo que transborda e transforma a tua carne em musica para ser sentida e degustada.

Teu nome separado por silabas, três leves vergastadas no teu corpo branco e frágil, sinto as três gotas do teu sangue se multiplicarem em uma torrente e se dividirem inflamando teu corpo, teu nome, teu grito. Três, trois, three, três vezes é a conta do prazer.

sábado, março 18, 2006



O Poema do Tempo e a Mão Cansada
(Homenagem postuma à Zé da Serra)

UNTO TEMPO NOS MEUS OLHOS,
JUNTO TEMPO NO MEU PASSO,
NO CABELO JUNTO TEMPO,
JUNTO TEMPO NO BRAÇO.

JUNTO TEMPO NESTA RUGA
E QUANDO ESCREVO E NA CAMA
JUNTO TEMPO NA MESA (E JANTO)
JUNTO TEMPO NO DRAMA.

OS RATOS ESTAO ROENDO OS ALICERCES DO MUNDO. E EU?

JUNTO TEMPO NO TRABALHO
JUNTO TEMPO DE BRINCAR
NO JORNAL QUE LEIO JUNTO

TEMPO DE OLHAR O MAR.

SECRETAMENTE UMA ANGÚSTIA IMENSA ME TORTURA. COMO SOU INSIGNIFICANTE; HIATOS, LEMBRANÇAS, DEPOIS ESQUECIMENTO COMPLETO. ABSURDO PRETENDER. PRETENDER O QUE, PORVENTURA?

MUDO A ROUPA E JUNTO TEMPO
JUNTO TEMPO NO MEU SONHO
JUNTO TEMPO DA INSÔNIA
NESTA NOITE EM QUE ME PONHO.

JUNTO TEMPO NA MUSICA
E NA RUA E NA CERVEJA
NESTE COPO, JUNTO TEMPO,
TALVEZ O TEMPO NEM VEJA.

COMO O PARAISO É DISTANTE NESTA CONTIGÊNCIA.

JUNTO TEMPO COM OS AMIGOS
JUNTO TEMPO NO CANSAÇO
OLHANDO A NUVEM QUE PASSA
A MORTE COM O TEMPO A MIM FAÇO.

AI, TARDE QUE AMARGURA
JUNTO TEMPO E O ANO TECE
A PELE QUE AMADURA QUANDO NOUTRAS AMANHECE.

JUNTO TEMPO TANTO TEMPO
ONDE O TEMPO, EM QUE ESPAÇO?

By Gustav La Guerre

segunda-feira, janeiro 16, 2006




Quadras e Quinas no Meio do Mundo
ou
Soluções para um meio sem Fim




Acordo alegre, pois hoje é dia, dia de que mesmo? Em todo meu desespero espero a cada momento o seu anunciar. O meu esperar? Nada esperei com tamanha firmeza e solicitude como a ti, e mesmo assim sei que demoras, pois você é minha perdição, e sentado estou a tua espera.

Me sinto um estorvo, de tanto falarem que você não vem, e se não vier, e como fico? Irei ate ti. Pois não agüento esta situação. E Claudia também te espera para que me leves sem tardança, e para mim é natural, pois Claudia sem mim estará livre!

E agora? chegastes, tenho medo, medo que nada, para esses sacanas não deixei nada nem o pesar, ora me diga será que é bom ou bom é aqui? Tocam à Porta:

- Que tu ta fazendo Zé fico louco?

- Cala a Boca Mulé!

Louco uma pinóia, está vendo que tipinho é este que tenho que conviver, mas deixe pra lá, chegou a hora, e que horas são estas? Meia-noite é uma boa hora para partir, vamos embora, pois para mim só resta a morte, morte, morrr...